Algumas coisas que são normais para nós, são absolutamente proibidas na Coreia do Norte, e infringi-las pode até resultar em cadeia ou até pena de morte
A Coreia do Norte é governada desde o ano de 2011 por Kim Jong-un, o
terceiro “líder supremo”. O líder de olhinhos puxados é todo cheio de
estratégias e exigências com o seu povo. Uma das suas principais preferências é
garantir punições rigorosíssimas para aqueles que cometem crimes no país. As
penas que o ditador aplica para quem comete delitos e erros, sejam eles de
quaisquer níveis, vão das absurdas às mais “aceitáveis”.
Dormir no trabalho
Seja na reunião de negócios, seja na própria mesinha onde
você gira o PIB para o seu país, a resposta para quem executa tal actividade com
os olhos, lá do outro lado do mundo, é: não. Na Coreia do Norte é proibido
dormir enquanto trabalha. A cultura de lá dá bastante valor ao trabalho,
pois segundo tradições ancestrais dos mais antigos coreanos, o trabalho é uma
forma de a pessoa modificar o seu espírito, trabalhar a força da alma e se
tornar um ser humano melhor a cada dia que exerce uma atividade que dignifica o
interior. Para você ter noção da gravidade, até o próprio Ministro da
Defesa do país foi executado com um tiro de bateria antiaérea por ter sido pego
tirando um ronquinho. Na Coreia do Norte é proibido cochilar e piscar o olho
por segundos demorados.
Não existe liberdade religiosa
Se achas que podes sair por aí pregando e expressando a tua
crença religiosa na Coreia do Norte já podes ir guardando o texto sagrado.
A liberdade religiosa simplesmente não existe por lá. Existem igrejas no país, mas são totalmente controladas pelo governo para manter a
população, digamos, “dentro da cultura tradicional da nação” e evitar o
surgimento de possíveis revolucionários.
Ter o mesmo nome que o “presidente”
“Kim Jong-un” é o nome do actual ditador da Coreia do Norte,
e ninguém mais pode ter esse nome por lá.
Se pensas estar a homenagear o homem baptizando o nome do teu bebê que irá
nascer, podes ir mudando de ideia. Um ano antes do assumir o poder no lugar
do seu falecido pai, a proibição começou a vigorar, e quem se chamasse “Kim”
deveria procurar as autoridades para tratar de mudar de nome! Segundo o regime
interno totalitário do país, o culto à personalidade dos líderes da dinastia
Kim deve ser mantida e preservada.
Escolher sua própria profissão
Escolher o que vai ser no futuro não é uma tarefa para os
cidadãos da Coreia. Quem escolhe qual será o seu ganha pão no futuro é o
próprio governo do país. Depois que concluis o serviço militar aos 18 anos
de idade, o cidadão é encaminhado para alguma profissão de acordo não com as
vontades dele mas com as necessidades do país. A pena para quem não cumpre essa
ordem é ir para algum campo de trabalho forçado.
Mulheres com umbigo de fora
O conservadorismo baseado na família tradicional e na “moral
e os bons costumes para preservar os bons cidadãos do futuro” imperam bem forte
no país do líder Kim Jong-un. Qualquer ato que incite “instintos sexuais” são
proibidos a fim de se manter a ordem da nação.
Pornografia e prostituição
Os filmes adultos não são permitidos, logo, também, qualquer
tipo de material pornográfico se inclui nessa lista. Cobrar para dar a outra
pessoa prazer sexual também não pode nem ser cogitado. A repressão quanto a
este tipo de actividade é total. Essas práticas são consideradas “formas
aceleradas de capitalismo” no país, e reprimidas com prisão e, nos casos mais
extremos, execução em praça pública.
Sorrir, beber e falar alto
Essa, certamente, é uma das coisas mais bizarras que o país
do ditador proíbe e condena. Em certas datas do calendário de lá é proibido
qualquer tipo de manifestação que seja de alegria, euforia e qualquer atitude
nesse sentido. Um exemplo popular é o dia 8 de Julho, quando os norte-coreanos
perderam o seu primeiro “Grande Líder”. Nesse dia é proibido beber álcool, falar
em volume alto em qualquer via pública, dançar e nada que seja considerado “que
desconfigure a ordem e o respeito ao momento”. O motivo das condenações sobre
essas atitudes é que são acções vistas como desapropriadas pois “todo o país
está em clima de luto”.
Dirigir ou ter um carro
Automóveis e carta de condução são itens considerados de
luxo e ostentação por lá. Ter carro e saber conduzir são privilégios para poucas
pessoas e que só os funcionários do governo podem ter. Estudos apontam que
apenas uma em cada 100 pessoas no país tenha carro. As mulheres também são
proibidas de conduzir, embora tenham permissão das autoridades para serem
guardas de trânsito.